Após reunião com profissionais da engenharia em Volta Redonda, Agostinho segue com mais apoio

Agostinho Guerreiro com os presidentes do Sindicato e da Associação locais e professores de Volta Redonda.

Agostinho Guerreiro se reuniu na noite de ontem (31), no Sindicato dos Engenheiros de Volta Redonda, com sindicalistas, técnicos, professores, dentre outros profissionais da área, para falar sobre sua gestão no Crea-RJ. O candidato apontou suas próximas prioridades para a instituição e saiu com o apoio dos profissionais na região.

Guerreiro relatou sua experiência no Crea-RJ nos últimos 3 anos, antes de responder às questões apresentadas pelos participantes. “O que está em jogo é um período de três anos, e não uma eleição. Cheguei no Crea-RJ e fiquei impressionado com o modelo de gestão que havia ali, uma relação interpessoal e clima pesado entre os servidores. Precisava ser feito alguma coisa.O Alto nível de absenteísmo e a baixa produtividade do trabalho eram vistos como uma coisa absolutamente normal”, observou.

Com a sua entrada na instituição, alguns métodos foram mudados no sistema. Seu objetivo foi perseguir melhorias para dentro, com vista em melhorar para fora a entidade. Nesse sentido, viabilizou a capacitação dos profissionais ao novo sistema e potencializou o estímulo ao trabalho, gerando nova motivação no ambiente. “Fizemos um planejamento estratégico e conseguimos a ajuda de pessoas do próprio sistema, por meio de reuniões sistemáticas”, explicou.

Os sinais de que estava no caminho certo vieram de fora, e graças a um trabalho em equipe: o Crea-RJ recebeu o Prêmio de Igualdade de Gêneros, acompanhado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres; pela primeira vez a entidade foi eleita à Coordenação do Colégio de Presidentes; e também pela primeira vez passou a coordenar o Colégio de Entidades Nacionais (CDEN); foi, inclusive, reconhecido pelo certificado Gespública, acompanhado pelo Ministério do Planejamento. Único a conseguir o Certificado da Gespública de nível 2.

O próximo passo é se inscrever no ISO (International Organization Standardization). Apesar de críticas que sempre acontecem, o Dieese realizou uma pesquisa que apontou para um alto grau de satisfação em relação aos serviços prestados pelo Crea-RJ. “Nosso sistema corporativo tinha há 9 anos um projeto de comunicação via tecnologia da informação. As empresas tinham sala e pagamentos, mas não saia nada dali. Tivemos a coragem de estabelecer prazo e avançar. O Crea não tinha a propriedade da inteligência produzida dentro de seu estabelecimento, e agora temos um novo sistema que é totalmente nosso, um dos melhores do Brasil, se não for o melhor”, destacou.

Sandro Rosa, presidente da Associação de Engenheiros de Volta Redonda, disse que apóia sua candidatura, mas ponderou a necessidade de mais reuniões e proximidade com as entidades regionais. Nesse sentido, Guerreiro lembrou da criação do Colégio de Entidades Regionais (CDER) no 1° semestre deste ano, que possibilitará mais reuniões entre as entidades lhes dando, inclusive, mais autonomia por causa da institucionalização dos encontros.

Da esquerda para a direta: Sandro Rosa, presidente da Associação de Engenheiros de Volta Redonda, João Thomaz, presidente do Senge-VR e Agostinho Guerreiro.

Guerreiro recordou a participação do Crea-RJ junto à sociedade. Graças a sua colaboração explosões em bueiros no Rio foram interrompidas; o estádio do Engenhão não teve mais apagões, e foram dados encaminhamentos após a tragédia do bondinho em Santa Teresa, dentre outras intervenções em benefício da população. “Nesse ponto fomos exemplo, o Crea não se omitiu. Em São Paulo a OAB chegou antes que o Crea para resolver o problema no Metrô paulista, por exemplo”, disse um engenheiro.

Outras realizações apontadas por Agostinho são o plano de Cargos, Carreiras, e Salários, que até então só existia no papel no Crea-RJ e a renovação dos transportes, incluindo ar condicionado e GPS para fiscalização.

A Universidade foi tema bastante discutido no encontro.  Agostinho reconheceu que parte dos professores sentem-se desconfortáveis com o pagamento da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) ou do CREA, mas esclareceu que é preciso equilibrar as reivindicações das universidades com o Confea. Os avanços na área, como a criação do prêmio Oscar Niemeyer, que valoriza os alunos, professores e a própria universidade, têm sido expressivos.

Outro ponto de preocupação dos engenheiros é a descaracterização do profissional, pois muitas empresas estão empregando nomenclaturas distintas da de engenheiros para reduzir a remuneração. “Era assim dentro do próprio Crea-RJ, disse Agostinho. Isso era feito para não pagar o salário mínimo do profissional. Acho que nós precisamos continuar com parceiros, como a Polícia Federal e o Ministério Público, para uma fiscalização mais efetiva. Por exemplo: foi realizada uma fiscalização nacional que achou 600 profissionais estrangeiros irregulares em 6 estados. Temos que montar um planejamento, pensar em qual empresa atuar e chamar os parceiros. Isso começa a criar um clima que inibe tais iniciativas”, concluiu.

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